AS COISAS DO RICARDO


Ódio Ahresy
PZAPPTZ
Suruba Universal
A Cidade Parada
A Continuação Da Podridão
Deserto Solitário
Homens Do Vale Vermelho
Muros
Os Convidados Do Destino
Sortudos & Suspeitos
Terra Do Vale Vermelho (Terra Do Vale Cruz)



Ódio Ahresy

Explosões
Cogumelos de fumaça
Corações
Queimando na desgraça
Loucura
Nas mentes das pessoas
Desilusão
Nos olhos cansados

Todo mundo se matando
Todo mundo se odiando
Para o mundo é o fim
O final
Mas não para mim

(Refrão)
Gritos roucos
Corpos queimados
Aos ratos jogados
Por todos pisados

Vaiados pela sociedade
Apedrejados
Acabados destruídos
Mortos pela cidade
Deserdados
Mal amados fudidos

Ódio Ahresy

3x
Refrão



PZAPPTZ

Correntes elétricas
Automaticantes
Cabos desencapados
Para nos dar choques
Elementos da natureza
Bruxaria sinônimo de beleza

(Refrão)
PZAPPTZ o céu e o mar
PZAPPTZ do pé aos cabelos
PZAPPTZ PZAPPTZ PZAPPTZ
PZAPPTZ PZAPPTZ PZAPPTZ

As nuvens na madrugada
O vento as levam pra longe
A costa do oceano
Transmite as luzes dos raios

(Refrão)

A cruz no meio da bandeira
No mastro se faz altar
Do chulé a cabeleira
Com essa ponça não dá pra lutar

(Refrão)



Suruba Universal

Certo dia eu liguei a TV
Vi de cara os caras do jornal
Tentei te ligar só pra você ver
Como eu me esforço pra ser um cara legal

Pensando na vida, falando sozinho
Pra te falar, liguei inspirações do céu
A luz do banheiro refletia na taça de vinho
E amargou nossas vidas como fél

Então agora, estamos juntos
Esqueçamos o passado
E lá fora o mundo imundo
Se destrói, se acaba e se explode
Tudo acaba como uma novela

Eu te vi pela janela do banheiro
Tu me viu pelo reflexo do espelho
Me chamou para o seu banho de vapor
Que de tão quentinho alegrou o nosso amor
E lá nós dois naquele sexo normal
Damos de cara com seus pais
Pensando mal de nos ver ali no bem bom

2x
Nos juntemos nessa suruba universal
No cantinho do banheiro que sensacional



A Cidade Parada

As construções estão paradas
E o fogo se tornou inapagável
O calor, se tornou inigualável
A tontura e as vistas esmagadas

E depois disso, a cidade massacrada
Pela tontura, dos reis e os generais
Pela maldade, existe a caridade
Pois bem os justos, nunca esquecem de partir...

Quando eu disse o que queria
Ninguém acreditou... e eu chorei
Quando eu disse o que sentia
Todo mundo reclamou... fui eu que errei

E depois disso, a cidade massacrada
Pela tortura dos reis irracionais
Pela maldade, existe essa cidade
Pois bem os justos, nunca esquecem de rir...

considerações:
E quem disse que no STOP nada se movimenta?



A Continuação Da Podridão

Os restos mortais da ditadura
Estão anunciando o apocalipse
Eu sempre sigo em frente a vida dura
Eu olho para o céu e vejo eclipse total
O Sol sempre chega na hora certa
Na hora do Brasil

Oi gente, tudo bom?
É claro que não tá
Crueldade vale dinheiro
Oi gente, tudo legal?
É claro que não tá
Violência no mundo inteiro

Os dias de hoje em dia não estão bons
Os dias que virão é claro que serão
Os dias de hoje em dia decorados com pom pons
Serão bons dias, os dias que virão
Os dias de hoje em dia, viram eternidades

Hoje em dia ando só
Não sei se é rastro ou falta de pegadas
Não sei nem mesmo se é dó
Não sei se é toque ou se são bestas armadas

Algo me diz que continua



Deserto Solitário

Como você convive com o mal?
Os trovões, são altos demais
Não me atente, é com você
O problema meu rapaz

Tenho muitos amigos para compartilhar a solidão
Eles só pensam em fazer loucuras
Quando descobrem que vão morrer

Como você vive assim?
Vendo estrelas na areia
Do deserto, é com você
Que o problema se desfaz



Homens Do Vale Vermelho

Homens vadios, me escutem agora
Vocês são uns porcos, me digam agora
O que eu fiz, pra ser olhado
Pra ser apontado e vaiado
Pra ser expulso daqui

Me diz que os índios, que estão lá fora
Estão todos mortos, agora você me diz
Pra ser coitado
Pra ser cortado e tirado
Da lista negra daqui

Homens vadios, homens do mau
Matam os bichos, sujam o mar
Queimam os índios, poluem o ar



Muros

Você me olha desse jeito
Com muita naturalidade
Você já fez suas maldades
Quer se despedir, está sem jeito

Você já sabe do futuro
Como morrerei e onde penarei
Você me fez este muro
Para esconder por onde eu passei
Você me deu esse muro
Para afujentar meu medo do escuro

Você me esnoba, com despeito
Com muita formalidade
Você apronta suas traquinagens
Quer me despachar mas está sem peito

Você conhece o meu mundo
Onde nasci e onde viverei
Você me pede e eu juro
Que nunca contarei por onde passei
Você me implora e meu muro
O impede de dizer tudo

Muros



Os Convidados Do Destino

Como é difícil explicar algo difícil de se entender
Para uma (pruma) pessoa, difícil de se compreender
Diga-me se é verdade, o que a cidade acaba de espalhar
Diga-me a verdade, e diga-me o que é
O mundo já vai acabar?
Essa é a verdade... diga-me o que é

O mundo acaba em um segundo
E nem dá tempo de pensar
Eu nem sei onde estou... é meu mundo?
Mas aqui é legal...

Recomende sua garota... fique em casa, minha cara
Pois o mundo está a tona, está a toa, minha amada
Eu olhei para cima e achei o sol que brilha no céu
Eu olhei para a noite e vi a lua que apagava o dia
O céu é o princípio da imaginação
Como passo de gigantes
Eles sempre tentam, não será diferente dessa vez não
Eles chegaram na hora certa, como antes
Agora já é tarde... os anjos já chegaram
E o que nos resta é olhar
O julgamento dos que restaram
Só se pode chorar



Sortudos & Suspeitos

No teto da caverna
No alto de uma torre
Os maus, os versos longos

Sortudos dessa terra
Suspeitos a correr
Atrás de longas noites

Quem não deve não paga, e quem teme também
Quem é mudo não fala, quem está triste também
Quem não deve espera, quem tem pressa também
Quem tem medo não cala, quem se toca também
Quem tem medo é suspeito, é alvo e além
Os defuntos não falam, pois coragem não tem



Terra Do Vale Vermelho (Terra Do Vale Cruz)

Nu, no vale das lágrimas, caminha, o mestre
Ele, está sem palavras, cansado, mas vive
Cantando, os refrões e as baladas, o velho, o mestre
Pregando as mortes drásticas, esperto, mastigue

As palavras, que tentam escapar de sua boca
As lástimas dos que não merecem
As coisas, que não se consegue entender
As plantas, que não crescem

Vou, caminhando pela estrada
Tudo, o que penso estraga
O meu caminho, a minha jornada

São pregos, pesos, baratas
Mas nesse, caminho que passa
Jamais pede... perdão...
Dessa terra, ninguém pode falar
Ninguém nunca voltou, ninguém sobreviveu na estrada
Nessa guerra, ninguém vai se salvar
Ninguém nunca chorou, ninguém nunca aprendeu, coisa errada

Considerações:
Como faço pra rasgar um monitor?
Palavras, plantas, pá de cal!



 
 



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